Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
153.69    G681e    1999    DIS   
Autor Principal Gosso, Yumi
Entradas Secundárias - Autor Magalhães, Celina Maria Colino
Universidade Federal do Pará. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de Mestrado em Psicologia : Teoria e Pesquisa do Comportamento.
Título Principal Expressão de raiva em duas culturas : o papel dos componentes faciais no seu reconhecimento / Yumi Gosso ; orientador, Celina Maria Colino Magalhães
Publicação Belém : [s.n.], 1999.
Descrição Física x, 80 f . : il.
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Curso de Mestrado em Psicologia : Teoria do Comportamento, 1999.
Inclui referências bibliográficas.
A expressão facial é considerada pelos etólogos como uma forma de comportamento não-verbal que permite transmitir informações e, portanto, é um importante meio de regulação das interações sociais. A expressão específica de raiva é considerada como a mais "perigosa" por sinalizar uma possível ameaça ao bem estar dos indivíduos, além disso, crianças parecem ser reguladas por algumas características faciais da expressão de raiva, diante de uma situação de disputa de objeto. Embora haja um percurso relativamente longo nos estudos da área, existem várias divergências em relação a concepção de universidade ou especificidade das expressões, aos estímulos mais adequados e aos procedimentos de coleta. Percebe-se que a maioria desses estudos utilizaram fotografias como estímulos, não considerando os componentes das expressões, ou seja, os movimentos de cada região da face que no conjunto, formam uma dada expressão. A literatura sugere que para se trabalhar com esses componentes o estímulo mais indicado é o desenho esquemático. O presente trabalho objetivou verificar se há algum componente facial mais perponderante no reconhecimento da expressão de raiva em duas culturas e se os dados possibilitam reforçar a idéia de universisalidade das expressões faciais. Os sujeitos foram 120 crianças de sete a 12 anos, sendo 60 criançass da área metropolitana de Belém, moradoradas da invasão Riacho Doce e 60 crianças índias do grupo Parakanã Oriental (Sudeste do estado do Pará). A figuras esquemáticas continham cada uma das três áreas da face: superior (sombracelhas e testa), mediano (olhos e maça do rosto) e inferior (nariz boca e queixo), conforme dados da literatura. O material utilizado foi um conjunto de seis desenhos esquemáticos que foram subdivididos em duas tríades. A primeira tríade continha somente desenhos com um componente da expressão de raiva e a segunda tríade foi composta de desenhos com a combinação de dois componentes dessa expressão. A cada apresentação de uma tríade solicitava-se aos sujeitos que indicassem qual das figuras estava com raiva. Cada tríade foi apresentada duas vezes alternadamente para observar se os sujeitos eram consistentes nas suas respostas. os resultados obtidos sugerem que: 1) as crianças não-índias identificam predominantemente o compoente superior como indicadtivo da raiva; 2) as crianças índias parecem reconhecer essa expressão igualmente através dos três componentes, embora também demonstrem maior tendência em excolher o componnete superior; 3 ) não há diferenças intra-grupais nessa tarefa; 4) o percentual de concordância entre as respostas apresentadas pelos sujeitos em ambas as apresentação das tríades foi maior para o grupo não-índio; 5) existe semelhança entre os grupos quando ambos apresentam maior tendência em escolher o componente superior; 6) existe tmbém especificidade cultural quando se observa que a grande maioria do grupo não-índio escolheu o componente superior, enquanto que, os índios apresentaram as respostas relativamente mais distribuídas. Estes resultados não são conclusivos, mas foram satisfatórios para responder as questões propostas e permitem sugerir estudos subsequentes para melhor compreensão do reconhecimento das expressões a partir dos componentes faciais.
Assuntos Expressão facial