Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
302.34    X3n    2000    DIS   
Autor Principal Xavier, Mário Jorge Brasil
Entradas Secundárias - Autor Simonian, Ligia T. L.
Universidade Federal do Pará. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Antropologia. Mestrado em Antropologia.
Título Principal Nem anjos, nem demônios ! Etnografia das formas de sociabilidade de uma galera de Belém / Mário Jorge Brasil Xavier ; orientador, Ligia T. L. Simoniaan
Publicação Belém : [s.n.], 2000.
Descrição Física 134 f. : il. ; 30 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de Antropologia, Mestrado em Antropologia, 2000.
Inclui bibliografia e anexos
Resumo : As discussões em torno das formas de sociabilidade, dentre as quais a dos "grupos juvenis", são sempre estimulantes, pois revelam a diversidade da organização social. A partir deste, norte procurou-se neste trabalho desvendar porque, na sociedade e nos últimos anos, certos grupos juvenis vêm sendo identificados como de natureza violenta. Do que foi possível observar e analisar, o fenômeno social "gangues" é construído, ganha uma certa importância e em certo sentido se relaciona às questões sociais mais amplas. Dentre estas, tem-se a pobreza ou a fala da infra-estrutura nas condições materiais de vida, os embates do cotidiano, o que implica em discursos oficiais e da mídia, dos próprios integrantes das galeras e da sociedade como um todo, e ainda assume dimensões sociais muitas vezes distorcidas. O grupo observado se autodenomina galera dos "Demônios Alados" - "DA" e faz parte de um bairro da cidade de Belém (PA), Val-de-Cans. Através dos dados obtidos, sejam bibliográficos ou etnográficos, compôs-se a base das informações desta pesquisa sobre os grupos juvenis conhecidos como gangues e auto-identificados com galeras de Belém. Estes fazem parte de um quadro socialmente construído, em uma relação entre aqueles que estabelecem as normas e os que são ditos não-cumpridores destas. O que pode ser percebido através da delinqüência infanto-juvenil, é uma forma de "diálogo" e de "representação" dos denominados "desviantes". Conforme a perspectiva teórica aqui definida, tal grupo seria uma "equipe" estabelecendoo sociabilidade, através de determinadas atuações entendidas enquanto siituações dramáticas e teatrais. Nesta premissa, os integrantes da galera são atores que buscam expressar "rituais de interação" junto à sociedade na qual estiver inserida. Numa perspectiva mais realista e pelo que as evidências indicam, é preciso entendê-los enquanto grupos sociais que, como participantes de um contexto macro na estrutura societária, procuram na "representação" ou na "dramatização social" enquanto atitudes "violentas", a garantia de um espaço de "interação" em tal sociedade.
Assuntos Gangues Belém (PA)
Etnologia Belém (PA)
Delinquência juvenil Belém (PA)
Delinquentes juvenis Belém (PA)