Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
597.9515    S587e    DIS   
Autor Principal Silveira, Juliana Miranda da .
Entradas Secundárias - Autor Azevedo-Ramos, Claudia orientador
Universidade Federal do Pará. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento.
Título Principal Efeitos da exploração madereira de alto e baixo impacto sobre aspectos ecológicos e comportamentais do lagarto Kentropyx calcarata (Sauria: Teiidae) na Amazônia Oriental / Juliana Miranda da Silveira ; orientadora, Claudia Azevedo-Ramos.
Publicação Belém : [s.n.], 2001.
Descrição Física 59 f.; 29,5 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, 2001
Resumo: A exploração madeireira na Amazônia é feita sem nenhum planejamento, ocasionando grandes aberturas no posse da floresta podendo causar aumento da temperatura, diminuição da umidade e invasão de espécies exóticas. Um modelo de exploração de impacto reduzido se mostrou capaz de reduzir em 50 % os danos sobre a floresta. Entretanto, é necessário avaliar também respostas da fauna a esta alternativa de exploração madeireira. Algumas espécies de lagartos respondem bem a mudanças após a exploração madeireira e podem indicar pertubação no habitat. Kentropyx calcarata é um lagarto encontrado em áreas abertas e bordas de floresta, e pode ser potencialmente favorecido com a abertura de clareiras em florestas exploradas. O objetivo deste estudo é avaliar se a exploração madeireira de impacto reduzido é capaz de manter a aspectos ecológicos e comportamentais desta espécie semelhante a uma floresta não explorada. Esta pesquisa foi desenvolvida na Fazenda Cauaxi, município de Paragominas, estado do Pará, entre agosto e dezembro de 2000. Aspectos ecológicos e comportamentais de K. calcaraata foram comparados entre floresta com exploração madeireira de impacto reduzido (FIR=100 ha), floresta com exploração madeireira de alto impacto (FAI=100 ha) e floresta não explorada (FNE=50 ha). Em cada área, cinco transecções de 500 m foram percorridos a cada ocasião de coleta, registrando hora, localização dos lagartos, comportamento, microhabitat e microclima. Ao longo das transecções também foram registradas a abertura do dossel, densidade do subarbusto e profundidade do folhiço em intervalod de 50 m. Um total de 144 lagartos foram capturados para o registro da temperatura cloacal e análise do conteúdo estomacal. A FAI possuiu maior abertura do dossel e maior densidade de subarbusto. FIR apresentou características estruturais semelhantes à FNE. Os lagaertos apresentaram maior período de atividade na FAI. O comportamento de termorregulação e forrageio dos lagartos da FNE e da FIR foi semelhante entre si e diferente da FAI. A dieta dos lagartos das três áreas foi similar, com maior ingestão de artrópodes das Ordens Ortoptera, Blattodea e Araneae. O volume dos itens ingeridos pelos lagartos das três áreas não foi significativamente diferente. Os lagartos das três áreas apresentaram relação positiva entre temperatura cloacal e temperatura do ar. A população de K. calcarata é semelhante entre FIR e FNE, e ambas significativamente diferentes da FAI. Os resultdos deste estudo indicaram que a exploração de impacto reduzido, além de manter as características estruturais da floresta, mantém aspectos ecológicos e comportamentais da população de K. calcarata semelhantes a uma floresta não explorada.
Assuntos Lagarto - Comportamento
Impacto ambiental Amazônia
Madeira - Exploração