Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
363.379    C837q    DIS   
Autor Principal Costa, Rosana Giséle Cruz Pinto da .
Entradas Secundárias - Autor Vieira, Ima Célia Guimarães , orientador
Universidade Federal do Pará . Centro Agropecuário . Núcleo de Estudos Integrados sobre Agricultura Familiar
Título Principal Queimadas, mudanças ecológicas e transformações nas atividades agroextrativistas da Fronteira Agrícola Amazônia : o ponto de vista dos pequenos produtores de duas localidades na região de Paragominas - PA / Rosana Giséle Cruz Pinto da Costa ; orientadora, Ima Célia Guimarães Vieira.
Publicação Belém : [s.n.], 2002.
Descrição Física 147 f.; 30 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro Agropecuário, Núcleo de Estudos Integrados sobre Agricultura Familiar, 2002
Inclui referências bibliográficas e anexos
Resumo: As queimadas na Amazônia vêm compondo o cenário das mudanças ambientais no dinâmico processo de "ocupação" das áreas de fronteira. Mais precisadamente a partir da década de 80, elas começam a despertar interesse dos pesquisadores, pricinpalmente pela incidência de queimadas acidentais, que difere da queimada desejada pelo efeito causado a sociedade local, nacional e internacional. No entanto, as interpretações realizadas têm procurado enfatizar as abordagens de causa e efeito no debate mais ecológico ou econômico, deixando de compreender a influência do aspecto sócio-cultural na evolução dessas mudanças. Neste sentido, é que priorizamos a percepção e a interpretação dos pequenos produtores, os migrantes "de fora" e os "daqui" com a observação de suas ações e reações sobre o meio ambiente ao qual estão inseridos. Pois hoje, o grande desafio colocado às ciências naturais, é a inclusão da análise sociocultural dos sujeitos nos estudos sobre as mudanças ambientais. Uma necessidade real, já que os estudos ecológicos clássicos apresentam limites e esse outro elemento pode contribuir com informações para a compreensão da problemática e na definição de políticas de desenvolvimento para a região. São fundamentais porque as óticas dos sujeitos partem de uma percepção totalizadora do real espaço em transformação e porque suas dimensões de análises são diferentes da realizada pelo pesquisador. Daí, o ponto de partida dessa abordagem, onde a história de vida, os objetivos da migração e os caracteres socioculturais específicos de cada grupo socil é levado em conta para entender as atitudes do presente. Identificando o sistema técnico que predomina nas atividades de produção, onde o fogo é técnica utilizada por todas as famílias na construção de seus sistemas de produção, onde a evolução e suas diversidade têm ritmos diferenciados. Esses elementos são os principais indicadores da diferença de concpção entre as famílias "de fora" e "daqui" sobre as mudanças ambientais e a relação desta com o risco de fogo "invasor". Conluímos que os pequenos produtores percebem, agem e reagem as mudanças ambientais de forma diferentes, orientados por uma complexidade de fatores e suas interações, do qual o fator sociocultural faz parte. A intenção não é caracterizar os migrantes "de fora" como destruidores da floresta e a população nativa da região como preservadora, mais para enfatizar que são diferentes e assim devem ser percebidos, inclusive na elaboração de políticas públicas. Além disso, sugere-se a importância de ampliar a abordagem sociocultural para a diversidade de outros sujeitos, para entender as relações que relações que constroem com dinâmica transformação ambiental nas áreas de fronteira na Amazônia, pois entedemos que com o conhecimento dessas especificidades dos sujeitos poderá facilitar o processo de diálogo na construção de alternativas de adaptação e inovação para o desenvolvimento da região.
Assuntos Queimada - Aspectos ambientais
Meio ambiente
Mudança social
Pequeno produtor