Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
981.15    L732r    DIS   
Autor Principal Lima, Ana Renata do Rosário de
Entradas Secundárias - Autor Acevedo Marin, Rosa Elizabeth , orientador
Universidade Federal do Pará . Núcleo de Altos Estudos Amazônicos . Curso Internacional de Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento .
Título Principal Revoltas camponesas no Vale do Acará-Grão-Pará (1822-1840) / Ana Renata do Rosário de Lima ; orientadora, Rosa Elizabeth Acevedo Marin
Publicação Belém : [s.n.], 2002.
Descrição Física 154 f. : il. ; 29 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará . Núcleo de Altos Estudos Amazônicos. Curso Internacional de Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento, 2002.
Inclui bibliografias
Resumo: Com base no processo de distribuição desequilibrada das sesmarias, esta dissertação procura entender como um conjunto de atores sociais, que não tiveram acesso legal às mesmas, mas definidos pelo seu vínculo de trabalho com a terra e envolvidos (ou não), em relações sociais de dependência, geradas a partir de condições desiguais de acesso a esses recursos, podem ter forjado projetos de vida e remodeladoseu modo de vida. Em estudos sobre a região do Acará e no "em torno" da cidade de Belém, entendemos como atores sociais, dentre os quais sitiantes, pequenos proprietários, arrendatários, foreiros e escravos aquilombados, construiram suas vidas e situação de trabalho ao longo dos anos 20 do XIX e principalmente num cenário de instabilidade sócio-político na Província, ocorrido nos primeiros anos da década de 30, a Cabanagem. Buscamos definir, com base em um aparato documental e principalmente teórico, que os atores sociais aqui estudados, podem classificar-se como grupos camponeses. Sendo assim, procuraremos mostrar de que forma esse campesinato (em sua natureza e dinâmica) relacionava-se com a grande propriedade, e como poderia ser a dinâmica empreendida sobre a produção agrícola e extrativista. Mas que isso, quando ele personifica-se em um ator político. De posse desta discussão mais ampla, problematizamos quanto aos laços de unidade entre os "rebeldes" da Cabanagem frequentemente definidos pelas autoridades como salteadores e anarquistas. Essa história foi bem mais complexa. O nascimento de uma grande revolta como a Cabaagem tem explicações bem mais estruturais e antigas. De posse disso, o movimentopode ser entendido também, como o resultado da expropriação da terra no Grão-Pará, na qual um campesinato basicamente pobre e sem terra, traduziu uma historicidade relevante. Daí o sentido e significado de suas lutas, e ganharem intensidade, quando catalisaram insatisfações diversas. Procuramos mostrar que a Cabanagem nasceu de dificuldades históricas vividas por "pessoas comuns", homens e mulheres pobres, pequenos proprietários, arrendatários, agregados, índios e negros libertos ou escravizados. Ela ganhou uma multiplicidade de formas quando os interesses e descontentamentos desses atores tomaram a forma de levantes em várias vilas de Províncias. A tomada da Capital, Belém, em 7 de janeiro de 1835, não passou do ponto culminante, de explosões ocorridas em datas anteriores ao campo.
Assuntos Brasil - História - Cabanagem, 1835-1840
Camponeses Acará (PA)
Posse da terra Acará (PA)
Acará (PA) - História