Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
980.41    H519g    DIS   
Autor Principal Henrique, Márcio Couto
Entradas Secundárias - Autor orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Antropologia. Mestrado em Antropologia.
Título Principal O General e os tapuios : linguagem, raça e mestiçagem em Couto de Magalhães (1864-1876) / Márcio Couto Henrique ; orientador, Raymundo Heraldo Maués
Publicação 2003.
Descrição Física 102 f. : il. ; 30 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Antropologia. Mestrado em Antropologia, 2003
Inclui bibliografias
Resumo:O século XIX, mais do que qualquer outra época, experimentou a gestação da maioria de nossos projetos de nação, estruturados a partir da emancipação política da nova pátria. Diversos intelectuais militaram nessa árdua tarefa de desenhar uma nova face de um Brasil com identidade própria, embora calçada sob um viso europeu. Entre esses gestores da nova identidade brasileira, um dos mais importantes foi o General José Vieira Couto de Magalhães (1837-1898), homem de Estado, político do Império e folclorista. Nesta dissertação, busco circunscrever a principal obra de Couto de Magalhães, O Selvagem (1876), nos cânones romântico e evolucionista de sua época, dentro de um projeto de "civilização" dos índios da Amazônia e o conseqüente momento de integração cultural desses povos e seus descendentes à população brasileira. Por mais que a principal justificativa da obra fosse um estudo sobre a incorporação do indígena às atividades rentáveis da economia nacional, o autor acabou por enfatizar a compreensão da língua como estratégia fundamental para atração pacífica das populações tidas então com "selvagens". Transitando entre o inventário racial e a tradução cultural dos grupos indígenas brasileiro, Couto de Magalhães buscava valorizar esse arsenal lingüístico como o mais verdadeiro e autêntico representante da nacionalidade brasileira. A análise é feita no sentido de entender quais os limites da tentativa de tradução que o autor se propôs a fazer das lendas indígenas para o mundo dos brancos, no intuito de legitimar sua escolha do índio como símbolo de nossa identidade.
Assuntos Índios da América do Sul Brasil
Nacionalismo Brasil