Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
634.9209811    A485m    DIS   
Autor Principal Amaral Neto, Manuel Almeida
Entradas Secundárias - Autor Muchagata, Márcia R. Gonçalves , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro Agropecuário. Núcleo de Estudos Integrados sobre Agricultura Familiar. Curso de Mestrado em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável
EMBRAPA
Título Principal Manejo florestal comunitário na Amazônia Brasileira : análise da participação e valorização de saberes de grupos locais na implementação de três projetos pilotos / Manuel Almeida Amaral Neto; orientador, Márcia R. G. Muchagata
Publicação 2002.
Descrição Física 98 f. : il. ; 30 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro Agropecuário, Núcleo de Estudos Integrados sobre Agricultura Familiar, Curso de Mestrado em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável, 2002
Inclui referências bibliográficas e anexos
Resumo: A atividade madeireira tem sido praticada ao longo de várias décadas da Amazônia por empresários oriundos da região Sudeste do país. As principais características desta atividade são os impactos causados no embiente e o fato de atuarem à margem da legislação florestal. O interesse pelos recurso florestais faz com que os madeireiros tenham contato estreito com populaçãoes que vivem em áreas de florestas, muitas das vezes oferecendo infra-estruturas básicas com estradas, etc. No entanto, essas relaçoes comerciais de venda ou troca de recursos florestais são marcadas por condições desfavoráveis aos grupos locais. Esses fatores têm levado algumas comunidades a se organizarem e buscarem alternativas de uso mais sustentável de seus recursos florestais. Um exemplo desta tendência tem sido o surgimento de vários projetos pilotos de manejo fllorestal comunitário, implementados na maioria dos estados amazônicos. Esse processo tem acontecido graças a uma parceria inédita entre organizações não-governamentais e moradores de comunidades que têm forçado o governo a criar, pela primeira vez, mecanismos para que colonos, seringueiros, ribeirinhos e grupos indígenas possam manejar, coletivamente, seus recursos florestais. As condições em que essas iniciativas possam ser bem-sucedidas ainda são desconhecidas. Repetindo análise de processo similar em outros países da América Latina, a literatura acumulada sobre a implementação dos projetos pilotos de manejo florestal comunitário na Amazônia tem privilegiado enfoque em aspectos técnicos, ecológicos e financeitos. No entanto, a operacionalização dos planos de manejo tem revelado alguns desafios, eminentemente sociais, a serem superados, colocando em risco a sustentabilidade dos projetos. Alguns desses aspectos foram abordados neste trabalho, entre eles: a gestão que os grupos locais fazem dos recursos naturais e sua relação com projeto de manejo, a valorização de saberes locais e formas de participação dos grupos locais na definição de modelos técnicos e implementação de projetos de manejo florestal comunitário na Amazônia. Para isso foram estudados três projetos pilotos de manejo florestal praticados por grupos locais, com diferentes tipos de usuários da floresta (colonos e seringueiros), localizados em Marabá (PA), Acrelândia (AC) e Costa Marques (RO). Verificou-se que os grupos distintos envolvidos nos projetos de manejo estabelecem relações diferenciadas com a floresta. Além disso, têm formas próprias e eficazes de manejar os recursos florestais para diversos fins. Esses saberes são têm sido potencializados para definição dos modelos técnicos de manejo, sendo esta decisão centralizada pelos técnicos que assessoram os projetos. Nesse sentido, a participação dos grupos locais tem sido mobilizada tão-somente para operacionalizar os planos de manejo. A implementação desses projetos também pode proporcionar melhor planejamento de uso do solo em nível local, além de possibilitar alternativas econômicas para os grupos locais envolvidos, garantindo a participação dos grupos locais no processo dicisório do projeto. Isso poderia influenciá-los na proposição de políticas públicas que reconhecessem sua diversidade cultural e assegurassem o tempo necessário para consolidação do processo de manejo florestal comunitário, clareando a relação necessária para se estabelecer tempo para o projeto e tempo para as comunidadeas manejarem seus recursos florestais. Esse processo poderia levar a políticas públicas que seriam verdadeiramente respeitadas e tornariam os grupos locias fortes aliados do governo no uso mais sustentável dos recursos naturais.
Assuntos Florestas - Administração
Projetos de desenvolvimento florestal
Floresta sustentável