Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
616.07561    B277a    DIS   
Autor Principal Barros, Vera Lúcia Reis Souza de
Entradas Secundárias - Autor Alves, Venâncio A. Ferreira
Universidade Federal do Pará . Núcleo de Medicina Tropical Curso de Pós-Graduação em Medicina Tropical
Instituto Evandro Chagas
Título Principal Arbovírus Morumbi (Phlebovirus : Bunnyaviridae) - estudo histopatológico e imuno-histoquímico do fígado na infecção experimental em camundongos : comparação entre as vias cerebral, intraperitoneal e subcutânea / Vera Lúcia Reis Souza de Barros; orientador, Venâncio A. Ferreira Alves; co-orientador, Amélia P. A. Travassos da Rosa
Publicação 2000.
Descrição Física xi,113 f. : il. ; 30 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Curso de Pós-Graduação em Medicina Tropical , 2000
Inclui referências bibliográficas e anexos
Resumo:O vírus Morumbi é membro do sorogrupo Phlebotomus fever (família Bunyaviridae: gênero Phlebovirus) nativo da Região Amazônica. Seu vetor é desconhecido mas supõem-se ser transmitido por flebotomíneos. Foi isolado em 1988 de ser humano apresentando quadro febril agudo. Este arbovírus, quando inoculado em camundongo por via cerebral, demonstrou viscerotropismo, induzindo inclusive lesões no fígado do animal inoculado. Com os objetivos de: i) estabelecer as características anátomo-patológicas e imuno-histoquímicas em fígado de camundongos albinos Swiss recém-nascidos experimentalmente infectados pelo vírus Morumbi; ii) verificar se o vírus apresenta hepatotropismo diferenciado na dependência de inoculação pelas vias cerebral, peritoneal ou subcutânea; iii) caracterizar detalhadamente os padrões anátomo-patológicos seqüenciais no fígado; iv) demonstrar a localização do antígeno viral no tecido hepático ao longo da infecção experimental; v) estudar possíveis inter-relações entre os achados anátomo-patológicos e os imuno-histoquímicos. Foram estudados experimentalmente 71 camundongos Swiss recém-nascidos (dois e três dias), distribuídos ao final do experimento como segue: 21 animais inoculados por via intracerebral (IC), 21 por via intraperitoneal (IP) e 29 animais inoculados por via subcutânea (SC). Utilizou-se a dose infectante 5,0 DL50/O,02ml de suspensão de vírus. Outros trinta, animais que não receberam inóculos, foram utilizados como grupo controle. Subgrupos de oito animais (seis inoculados e dois do grupo controle) foram sacrificados diariamente a intervalos de 24 em 24 horas, até 96 horas para os grupos IC e IP e até 120 horas para o grupo SC. Fragmentos de fígado de todos os animais foram fixados em solução de formalina neutra a 10%, incluídos em parafina, de onde foram obtidos cortes de 51lm que foram corados pela técnica de hematoxilina-eosina para análise morfológica e, cortes adicionais, foram submetidos à técnica de imuno-histoquímica (Sistema Envision, DAKO, USA), utilizando a fosfatase alcalina e soro hiperimune do vírus Morumbi preparado em camundongos jovens, para detecção de antígeno viral. Foram estudados seis parâmetros de lesão em áreas portais e nove outros nos lóbulos, que foram semiquantificados numa escala que variou de zero (O) a três cruzes (+++), onde zero significou ausência de lesão e três cruzes lesão intensa. A microscopia óptica, ficou evidente que o vírus Morumbi inoculado em irregular nos lóbulos, cujo aparecimento foi observado 24 horas pós-inoculação (p.i.) e atingiu o máximo de intensidade às 72 horas p.i. em animais inoculados por via IP. O exame imuno-histoquímico mostrou presença leve de antígeno viral a partir de 24 horas p.i. no grupo IC e a partir de 48 horas p.i. nos grupos IP eSC, havendo certo paralelismo em relação a intensidade de lesão morfológica, tendo- se observado o máximo de detecção de antígeno viral em animais inoculados por via IP e sacrificados às 72 horas p.i. A distribuição geral de antígeno foi observada especificamente nos lóbulos hepáticos, no citoplasma de hepatócitos íntegros e necrosados e no interior de células de Kupffer, não havendo preferência por nenhuma das três zonas do lóbulo. Concluiu-se que: i) o modelo de infecção experimental em camundongos foi excelente para o estudo das lesões causadas pelo vírus Morumbí, podendo ser selecionada a via IP como referencial; ii) em todas as vias utilizadas (IP, IC e SC) se confiormou a infecção pelo vírus Morumbí com marcante detecção de seu antígeno no vírus Morumbí no fígado desses camundongos associou-se ao apracimento de hepatite aguda, com necrose focal; iv) hepatite aguda intensa pôde ser observada em fígado de camundongos sacrificados 72 h p.1. com o vírus Morumbí por via IP, o que não foi verificado com as outras duas vias; v0 a hepatite aguda mostrou-se limitada, neste experimento, tendendo a desaparecer na maioria dos camundongos inoculados com avançar das horas; vi) colestase não foi alteração freqüente na hepatite experimental pelo vírus Morumbí, quando inoculado por via IC, IP ou SC; vii) o antígeno do vírus Morumbí teve predominância pela localização intracitoplasmática, padrão granular, nos hepatícitos e células de Kupffer; viii) antígeno viral foi detectado em fragmento hepático de animais experimentalmente inoculados com o vírus Morumbi, a partir de 24 horas via IC e a partir de 48 horas nas vias IP e SC.
Assuntos Flebotomíneo
Fígado - Fisiopatologia
Modelos animais em pesquisa