Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
558.115    S729g    DIS   
Autor Principal Souza, Valmir da Silva
Entradas Secundárias - Autor Kotschoubey, Basile , orientador
Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Curso de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica.
Título Principal Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa) / Valmir da Silva Souza ; orientador, Basile Kotschoubey
Publicação 1995.
Descrição Física 111 f. : il. ; 27,5 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Curso de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, 1995
Resumo: A área do Manelão está inserida no Cinturão de Cisalhamento ltacaiunas situado no centro-oeste do Estado do Pará. As unidades litoestratigráficas arqueanas-proterozóicas reconhecidas nesta área são granitos e gnaisses do Complexo Xingu, anfibolitos, micaxistos e quartzitos da seqüência vulcano-sedimentar São Manoel e o monzogranito estratóide intrusivo Felicio Turvo. Diques de gabro e diabásio do Mesozóico, lateritas cenozóicas e depósitos coluviais e aluviais recentes completam o quadro litoestratigráfico. As principais estruturas identificadas na área foram originadas por uma deformação regional transcorrente sinistral de natureza ductil a ductil-ruptil que envolveu um transporte de massa rochosa de ESE para WNW. Tal tectonismo causou um metamorfismo de fácies anfibolito baixo a médio, embora, localmente, um hidrotermalismo mais intenso provocou alteração de fácies xisto verde alto. O ouro ocorre tanto em veios alojados nos anfibolitos e xistos da seqüência vulcano-sedimentar São Manoel como na cobertura lateritica e nos depósitos aluviais/coluviais. Foram identificados dois sistemas de veios, um com direção N70E e mergulho de 80° para NW, o outro com direção N23E e mergulho igual ao anterior. Nestes corpos o ouro encontra-se essencialmente na forma livre, em partículas de baixa pureza (cerca de 870) que preenchem fraturas na ganga quartzosa ou quartzo-albítica. Acredita-se, ademais, que a pirita disseminada tanto nos veios como nas rochas encaixantes milonitizadas e fortemente alteradas contém também ouro sub- microscópico.A alteração hidrotermal resultou num zoneamento grosseiro nas rochas encaixantes. Ao contato com os veios observa-se normalmente uma alteração filica enquanto que a zona intermediária exibe propilitizaçâo. A zona externa é marcada .sobretudo por uma intensa epidotizaçâo das rochas. Os minerais metálicos, pirita (duas gerações), pirrotita, calcopirita, ilmenita e rutilo encontram-se na forma de cristais ou pequenos agregados disseminados e são mais abundantes nas rochas encaixantes que nos próprios veios. O estudo de inclusões fluídas revelou que os fluidos mineralizantes foram essencialmente soluções aquosas de baixa temperatura (temperatura mínima de 160- 180°C) de salinidade baixa a moderada (provavelmente H20-KCI-CaCI2 e H20-NaCI- CaCI2) e de baixa densidade (0,9 -1,1 g/cm³). Raras inclusões trifásicas sugerem, no entanto, que soluções de alta temperatura e de salinidade elevada participaram igualmente no processo mineralizante. Embora o CO2 não tenha sido detectado nesta avaliação preliminar, a sua presença em quantidades subordinadas não pode ser descartada. Haja visto a predominância no sistema de sulfetos e de baixas temperaturas de aprisionamento dos fluidos, o ouro parece ter migrado principalmente sob a forma de thio-complexos. Na cobertura laterítica desenvolvida sobre a seqüência São Manoel o ouro ocorre em finas partículas ou pequenas pepitas de alta pureza (cerca de 985) com freqüências intercrescidas com oxi-hidróxido de ferro tanto na zona mosqueada como em fragmentos reliquiares da crosta ferruginosa. O elevado grau de pureza do ouro laterítico sugere que a mobilização do metal ocorreu sobretudo após complexação com ligantes orgânicos e thiosulfáticos. A lixiviação da prata nas partículas de ouro primário pode também ter sido responsável pela significativa diferença de pureza. Partículas de ouro e pepitas encontram-se igualmente dispersas na matriz argilosa dos depósitos coluviais. Finalmente, o ouro forma concentrações de relevante valor econômico no horizonte de cascalho inferior das acumulações aluviais
Assuntos Geologia Pará
Ouro - Minas e mineração