Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
636.08959    M141c    DIS   
Autor Principal Macêdo, Raquel Soares Cavaleiro de
Entradas Secundárias - Autor Barbosa Neto, José Diomedes ,
Universidade Federal do Pará. Centro Agropecuário. Núcleo de Estudos em Ciência Animal. Curso de Mestrado em Ciência Animal.
Título Principal Comparação da toxidez das folhas de Palicourea juruana (Rubiaceae) para bovinos e bubalinos / Raquel Soares Cavaleiro de Macêdo; orientador, José Diomedes Barbosa
Publicação 2004.
Descrição Física 72 f. : il. (algumas color) ; 30 cm
Notas Área de concentração: Sanidade animal
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro Agropecuário, Núcleo de Estudos em Ciência Animal, Curso de Mestrado em Ciência Animal, 2004
Inclui referências bibliográficas
Resumo: O presente estudo foi realizado para estabelecer a sensibilidade dos búfalos a P. juruana, compará-Ia a dos bovinos, e agregar dados adicionais sobre a toxidez da planta nessa última espécie. Para esse estudo foram usados quatro bovinos e quatro búfalos, com 1 a 2 anos de idade, todos machos. Os bovinos pesavam entre 110 e 225 Kg, e os búfalos entre 183 e 206 Kg. E seis animais, sendo três bovinos e três búfalos como controle. Quantidades previamente determinadas das folhas de P. juruana eram administradas por via oral aos arumais contidos. Nos bovinos, a dose de O, 125g/Kg não provocou sintomas de intoxicação, já as doses de 0,25, 0,5 e 2,0 g/kg causaram morte dos animais. Em relação aos búfalos, verificou-se que as doses de 0,25 e 0,5 g/Kg não causaram sintomas de intoxicação, a dose de 1g/Kg causou sintomas leves e que só a dose de 2g/Kg determinou a morte. Os sintomas graves da intoxicação para ambas as espécies caracterizaram-se principalmente por súbita queda do animal ao solo, ficando logo ou dentro de pouco tempo em decúbito lateral acompanhada de incoordenação motora, movimentos de pedalagem, tremores musculares, opistótono e dispnéia com morte em 2 a 5 minutos após o início dos sintomas. Alguns animais, antes desta fase, mostraram sintomas leves, menos óbvios, como relutância em andar, leve instabilidade e pulso venoso positivo, especialmente quando eram movimentados, estes sintomas leves também foram vistos em animais que ingeriram doses subletais. Os achados de necropsia nos bovinos 5634 e 5635 consistiram de fígado, ao corte, levemente alaranjado, e no búfalo consistiram de sufusões no epicárdio esquerdo junto ao sulco coronário longitudinal e pequena quantidade de líquido citrino no saco pericárdico. Os exames histopatológicos revelaram, como lesões mais importantes para os bovinos, vacuolização dos hepatócitos na zona intermediária do lóbulo hepático em dois animais (Bov. 5635 e 5636), e adicionalmente no miocárdio de um deles (Bov. 5635)" extensas áreas de necrose de coagulação incipiente, e no bovino (Bov. 5634) observou-se no rim oderada degeneração hidrópico-vacuolar das células epiteliais dos túbulos contornados distais, e para o búfalo observou-se no rim, discreta, porém, nítida degeneração hidrópico-vacuolar das células epiteliais dos túbulos contornados distais. Demonstrou-se que o bútàlo também é sensível à toxidez de P. juruatza. O quadro clinico-patológico observado nesta espécie é semelhante ao visto em bovinos. Verificou-se que o búfalo é pelo menos quatro vezes mais resistente que o bovino à ação tóxica de P. juruana. Os sintomas que precedem o desfecho da intoxicação foram mais evidentes e prolongados no caso da intoxicação em búfalos que em bovinos.
Assuntos Toxicologia veterinária
Plantas venenosas para gado
Plantas venenosas - Toxicologia
Bovino
Búfalo
Rubiácea