Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
158.1    M317a    DIS   
Autor Principal Marchezini-Cunha, Vívian
Entradas Secundárias - Autor Tourinho, Emmanuel Zagury , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento.
Título Principal Assertividade e autocontrole : possíveis relações / Vívian Marchezini-Cunha; orientador, Emmanuel Zagury Tourinho
Publicação 2004.
Descrição Física v,74 f. ; 30 cm
Notas Área de concentração: Psicologia experimental
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, 2004
Inclui referências bibliográficas
Resumo: O comportamento assertivo é alvo de estudos da psicologia desde a década de 1940, quando recebeu sua primeira definição, tendo sido mais amplamente estudado nas décadas de sessenta e setenta. Embora grande parte da literatura sobre comportamento assertivo possa ser enquadrada numa abordagem mais genérica de Terapia Comportamental, nos estudos atuais é utilizada uma definição de comportamento assertivo mais compatível com os princípios da Análise do Comportamento. Tal definição foi proposta em 1976 e afirma que o comportamento assertivo envolve a habilidade para obter, manter ou aumentar o reforçamento por meio da expressão adequada de sentimentos em situações interpessoais que envolvam risco de perda de reforçamento ou punição. Expressar sentimentos de maneira adequada seria dizer o que se sente sem que isso provoque ansiedade nem constrangimento para si ou para o outro. Estudos sobre o comportamento assertivo o comparam com os comportamentos agressivo e passivo, que se diferenciam quanto a aspectos topográficos e quanto ao tipo de conseqüências produzidas (fisicas ou sociais, positivas ou negativas). O presente estudo propõe uma discussão do comportamento assertivo (ou a expressão adequada de emoções) a partir de (a) um resgate histórico da demanda por comportamentos de autocontrole na sociedade ocidental e de (b) uma revisão do conceito de autocontrole sob a perspectiva da Análise do Comportamento. A partir da análise histórico-social aponta-se que as novas configurações sócio-culturais nas sociedades modernas implicaram modificações no campo das relações interpessoais; com a diversificação das funções sociais e a acentuação da interdependência entre os indivíduos tornou-se necessário um auto controle mais refinado e que abrangesse sentimentos e emoções. Para a Análise do Comportamento, uma relação comportamental é definida como autocontrole quando, diante de uma situação na qual uma resposta pode produzir conseqüências conflitantes (de menor magnitude e imediatas versus de maior magnitude e atrasadas para o próprio indivíduo, ou de menor magnitude e imediatas para o indivíduo versus de maior magnitude e atrasadas para o grupo), a resposta emitida é aquela de conseqüência atrasada e de maior magnitude. Em várias instâncias de auto controle, o grupo impõe sanções éticas contingentes à emissão de respostas impulsivas, numa tentativa de aumentar o conflito entre as conseqüências e promover a emissão de respostas cujas conseqüências sejam vantajosas para o grupo. Assertividade e autocontrole são comportamentos que envolvem relações interpessoais, expressão de sentimentos e conflito entre as conseqüências produzidas para o próprio indivíduo e para o grupo. São também comportamentos que só fazem sentido numa sociedade que apresenta configurações sócio-culturais complexas e na qual a auto-imagem predominante é a de um homem autônomo, singular, dotado de sentimentos que lhe são próprios e que devem ser expressos ou contidos de maneira adequada, de acordo com a conveniência para o grupo -como um todo. No presente estudo sugere-se que assertividade pode ser interpretada como uma instância de resposta autocontrolada que envolve especificamente sentimentos e que é determinada por conseqüências fisicas e e sociais.
Assuntos Assertividade (Psicologia)
Autodomínio