Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
551.9098142    C715e    DIS   
Autor Principal Collyer, Taylor Araújo
Entradas Secundárias - Autor Kotschoubey, Basile , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Curso de Pós-Graduação em Geociências
Título Principal Estudo geológico e aspectos econômicos de um depósito de esmeralda clássico, Socotó-BA / Taylor Araújo Collyer ; orientador, Basile Kotschoubey
Publicação 1990.
Descrição Física vi, 112 f. : il. ; 30 cm + 1 mapa
Notas Mapa dobrado em bolso
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Curso de Pós-Graduação em Geociências, 1990
Inclui bibliografias
Resumo: O Comércio mundial de gemas, que hoje envolve valores da ordem de 80 bilhões de dólares/ano, remonta a milênios, tendo tido grande influência no desenvolvimento da civilização humana. A esmeralda ocupa um lugar de destaque nesta comercialização, e o Brasil, com grandes provincias gemológicas é uma importante fonte deste mineral. A produção brasileira com aproximadamente 80 toneladas/ano de esmeralda bruta, é favorecida pela relativa estabilidade político-social do país, o que constitui uma vantagem em relação a outros países produtores. Em contrapartida exportação de gemas no estado bruto, a ausência de uma política mineral e de pesquisa neste setor, impedem a geração de recursos maiores, beneficiando apenas pequenos grupos geralmente estrangeiros. O presente trabalho objetiva mostrar que o depósi to de esmeralda de Socotó, pelas suas características clássicas, pode servir de modelo em vista de prospecção em outras áreas apresentando ambiente geológico semelhante, bem como, permitir o esclarecimento de algumas questões relacionadas à formação deste mineral. O quadro geológico de Socotó consiste principalmente em um corpo de rochas básico-ultrabásicas intensamente fraturadas/falhadas, correspondendo a "roof pendant" ou um mega -encrave encaixado no batólito granitóide de Campo Formoso. O magma intrusivo de composição granítica, rico em molibdênio, elementos voláteis e berílio, reagiu com as rochas meta-ultrabásicas; fornecedoras dos elementos cromóforos Cr, Fe e V, o que resultou ao longo de diques e veios, em abundante mineralização esmeraldífera controlada por fatores geoquímicos, físicos e estruturais. Um intenso metassomatismo permitiu na auréola de contato, o desenvolvimento de pelo menos três zonas concêntricas, caracterizadas por associações minerais específicas, a saber: uma zona externa, uma zona intermediária e uma zona mais interna no encrave. Através de levantamento geofísico por cintilometria e magnetometria, foram definidas a forma e as seguintes dimensões para este encrave: 2.150 metros de comprimento, 180 a 335 metros de largura e uma espessura de até 161 metros. A análise da magnetização remanescente, mostrou a evolução térmica dos granitóides, desde a sua colocação há 1973 ± 24 m.a (Torquato et aI, 1978), até o fechamento do ciclo mineralizador há 1784 ± 47 m.a, idade obtida pelo método Rb/Sr em flogopitas associadas a esmeralda. Finalmente, o reconhecimento dos diferentes tipos de inclusões e de grande quantidade de tubos de crescimento e canais ao longo do eixo C dos cristais de esmeralda, preenchidos ou não por minerais, permitiu a previsão, com objetivos econômicos, de tratamento químico convencional ou complexo, envolvendo a aplicação de raio laser e o deslocamento de átomos ao longo desses filamentos naturais.
Assuntos Geoquímica Bahia
Esmeralda - Minas e mineração Bahia
Rochas ultrabásicas Bahia