Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
615.321    F683i    DIS   
Autor Principal Fontes Júnior, Enéas de Andrade
Entradas Secundárias - Autor Ferreira, Vania Maria Moraes , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Ciências Biológicas. Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas.
Título Principal Investigação das possíveis atividades antinociceptiva e antiinflamatória do extrado etanólico de raiz de Pouteria ramiflora Radlk / Enéas de Andrade Fontes Júnior; orientadora, Vania Maria Moraes Ferreira; co-orientadora, Dâmaris Silveira
Publicação 2004.
Descrição Física xiv, 60 f. : il. ; 31 cm
Notas Área de concentração: Biologia celular
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Ciências Biológicas, Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, 2004
Inclui referências bibliográficas
Resumo: : O uso de plantas na medicina popular, visando o tratamento de algumas patologias. sejam centrais ou periféricas, pode ter alguma base cientifica. O objetivo do presente estudo foi investigar as atividades antinociceptivas e antiinflamatórias do extrato etanólico da raiz de Pouteria ramiflora (EEPr). Para esta pesquisa foram usados camundongos Suíços machos, com 3 meses de idade. A toxicidade do extrato foi testada. Doses nas faixas de 100, 500 ou 1.000 mg/kg, administradas por gavagem, foram usadas para avaliar-se a toxicidade aguda. Nesta investigação, os camundongos foram observados quanto a qualquer mudança comportamental por um período de 4h a partir da administração do EEPr. Essas observações também foram realizadas com 12 e 24h. Os animais toleraram a dose de 100 mg/kg, sem ocorrer nenhuma espécie de toxicidade ou mortalidade. As mortes ocorreram somente com as doses de 500 ou 1000 mg/kg. Três modelos experimentais de nocicepção foram usados para examinar o efeito analgésico do EEPr, envolvendo tanto estímulos nociceptivos químicos (ácido acético e formalina), quanto térmico (placa aquecida). Os extratos das plantas e os solventes foram todos dados por gavagem, 1h antes dos estímulos químicos ou térmicos. Os controles positivos, morfina ou indometacina, foram usados para comparar as respostas farmacológicas dos EEPr. A atividade antiinflamatória foi estudada em ratos Wistar (n=4), através do modelo da bolsa de ar, com inflamação induzida por carragenina (1 mg!kg). A partir do exsudato inflamatório foram feitas culturas de células para examinar as concentrações de óxido nítrico e a atividade da adenosina deaminase. Os resultados mostraram uma inibição das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético. aumentado tempo de reação no teste da placa quente e uma inibição da primeira (0-5 mm) e segunda fases (15-30 mm) no teste da formalina. O EEPr foi capaz de inibir a migração celular, a síntese de óxido nítrico e a atividade da adenosina deaminase, com efeitos mais potentes que a indometacina. Tomados em conjunto, os resultados sugerem uma potente atividade antinociceptiva e antiinflamatória dos EEPr em doses que não apresentaram toxicidade aguda. Os exatos mecanismos de ação que estão envolvidos com essas respostas ainda não foram identificados até o presente momento. Estudos complementares devem ser realizados na tentativa de se conhecer, não somente os exatos mecanismos analgésicos e antiinflamatórios apresentados pelos EEPr, mas também quais os seus constituintes que estão diretamente relacionados com aquelas atividades.
Assuntos Plantas medicinais
Analgésicos
Adenosina
Óxido nítrico