Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
612.843    C679t    DIS   
Autor Principal Coimbra, João Paulo
Entradas Secundárias - Autor Yamada, Elizabeth Sumi , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Ciências Biológicas. Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas.
Título Principal Topografia da densidade neuronal da camada de células ganglionares em retinas de aves da família Tyrannidae / João paulo Coimbra; orientadora, Elizabeth Sumi Yamada
Publicação 2004.
Descrição Física xv,95 f. : il. (algumas color.) ; 31 cm
Notas Área de concentração: Neurociências
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Ciências Biológicas, Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, 2004.
Resumo: A família Tyrannidae é considerada o táxon de aves passeriformes mais numeroso e diversificado da região Neotropical. As espécies desta família são essencialmente insetívoras e exibem um repertório extremamente variado de estratégias de forrageamento. Utilizando-se a técnica de montagem plana retiniana e a coloração pelo método de Nissl, analisou-se a topografia da densidade de neurônios da camada de células ganglionares da retina de Pitangus sulphuratus, Myiozetetes cayanensis e Phaeomyias murina, espécies de tiranídeos cujas táticas de aquisição de alimentos são contrastantes. A fim de ampliar a comparação entre táxons de passeriformes analisamos a topografia da densidade neuronal do estrildídeo Lonchura striata, que apresenta hábito granívoro. Nas espécies de tiranídeos analisadas os contornos de isodensidade revelaram a presença de uma fóvea central e uma área temporal circundadas por uma faixa visual horizontal inconspícua. Em Lonchura striata, observou-se a presença de uma fóvea central e uma faixa visual horizontal inconspícua. A densidade máxima da fóvea central variou de 48.000 a 55.000 células/mm2 em Pitangus sulphuratus, 62.000 e 65.000 células/mm2 em Myiozetetes cayanensis, 60.000 e 61.000 células/mm2 em Phaeomyias murina e de 40.000 a 45.000 células/mm2 em Lonchura striata. O pico de densidade da área temporal variou de 40.000 a 42.188 células/mm2 em Pitangus sulphuratus, 46.094 e 46.563 células/mm2 em Myiozetetes cayanensis e de 43.438 e 44.375 células/mm em Phaeomyias murina. O tamanho dos pencários dos neurônios variou em diferentes excentricidades retinianas. Na periferia temporal das retinas dos tiranídeos analisados observou-se uma maior concentração de neurônios com corpos celulares > 200 j.im2 para Pitangus sulphuratus e > 150 j.tm2 para Myiozetetes cayanensis e Phaeomyias murina, sugerindo a presença de uma área de células gigantes. Do ponto de vista funcional, a presença de uma fóvea associada a uma área temporal pode subsidiar uma alta resolução espacial para captura de insetos pelas espécies de tiranídeos. Não obstante, mesmo com estratégias de forrageamento diferentes, as espécies de tiranídeos compartilham um padrão de organização topográfica da densidade neuronal comum. Já em relação a Lonchura striata a presença de uma fóvea seria de grande valia para a obtenção de grãos, mas também seria esperada a presença de uma área dorso-temporal que proporcionaria uma maior acuidade no campo visual inferior. A partir da análise topográfica da retina de outras espécies de passeriformes, poder-se-á identificar que tipos de especializações são compartilhados entre espécies com requerimentos visuais diferentes bem como inferir o momento em que uma determinada topografia surgiu na história filogenética de aves.
Assuntos Células do gânglio retiniano
Retina
Tiranídeos
Ave