Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
338.1098115    A663f    DIS   
Autor Principal Araújo, Soraya Maria Mendonça
Entradas Secundárias - Autor Universidade Federal do Pará. Centro de Ciências Agrárias. Núcleo de Estudos Integrados sobre Agricultura Familiar
EMBRAPA Amazônia Oriental
Título Principal Formas de organização da produção apoiadas pelo MST: assentamento João Batista II, Castanhal, Pará / Soraya Maria Mendonça Araújo; orientadora, Claudia Azevedo-Ramos
Publicação 2005.
Descrição Física 128 f. : il. (algumas color.) ; 30 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará. Centro de Ciências Agrárias. Núcleo de Estudos Integrados sobre Agricultura Familiar, 2005
Inclui bibliografia e anexo
Resumo: Este trabalho teve por objetivo caracterizar e avaliar a performance do sistema de produção coletivo e semi-coletivo, proposto pelo MST na perspectiva de melhoria da qualidade de vida e da capacidade de organização de agricultores familiares em assentamentos. Paralelamente, embora numa situação menos privilegiada, avaliou-se a performance de alguns dissidentes na gestão individual para entender os gargalos dos outros sistemas. A hipótese testada foi que as formas coletivas de organização da produção familiar, apesar de envolverem um grau considerável de organização social e maiores riscos, têm maior probabilidade de sucesso quando comparadas ao uso individual, em situação onde existe um forte aparato institucional bancando essa forma de gestão. O local escolhido como objeto de estudo foi o Projeto de Assentamento João Batista lI, localizado no Município de Castanhal, na Região Metropolitana de Belém, Pará. Um total de 38 famílias nos diferentes sistemas de gestão foi entrevistada a partir de um questionário semi-estruturado. De acordo com os resultados obtidos, a principal fonte de renda nos três sistemas foi proveniente da atividade agropecuária, sendo a maior renda familiar obtida no sistema coletivo, seguido do semi-coletivo. Os três sistemas possuem culturas mistas, entre perenes e anuais, porém o sistema coletivo proporcionou maior área plantada. A comercialização da produção nos três sistemas foi realizada indiretamente via o atravessador, mas o sistema individual buscou outras formas de venda direta para o consumidor. Somente os agricultores nos sistemas coletivo e semi-coletivo tiveram acesso ao crédito e a assistência técnica, que proporcionou um maior uso de tecnologias no sistema de produção. Em relação a alguns aspectos de qualidade de vida das famílias, o sistema semi-coletivo apresentou significativa aquisição de bens de consumo a disposição do lar, que deve-se a maior autonomia desse sistema. Os membros do sistema coletivo e o semi-coletivo participaram das atividades comunitárias de produção e das reuniões. Os membros do sistema individual tiveram um papel minoritário nesses aspectos. A mulher teve um papel maior na tomada de decisão na gestão individual. Considerando todas as variáveis avaliadas, o sistema individual não foi vantajoso nessa situação. Os sistemas coletivo e semi-coletivo tiveram uma performance bem melhor e bastante semelhante entre si. No entanto, a maior autonomia de decisão das famílias no semi-coletivo tem como resultado uma melhoria comparativa na qualidade de sua moradia e, conseqüentemente na sua qualidade de vida. Com o tempo, é possível que esta seja a forma de gestão mais preponderante no assentamento já que concilia a prática tradicional da agricultura familiar de trabalhar a terra de forma individual e a proposta do MST de coletivização da produção. A filosofia de gestão comunitária do MST parece estar funcionando satisfatoriamente nesse assentamento devido ao grande investimento desta instituição no fortalecimento do capital social local.
Assuntos Agricultura familiar Castanhal (PA)
Produtividade agrícola Castanhal (PA)
Movimento dos Trabalhdores Sem Terra (MST)
Assentamentos humanos