Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
553.098173    S237g    DIS   
Autor Principal Santos, Márcio Dias
Entradas Secundárias - Autor Kotschoubey, Basile , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Curso de Pós-Graduação em Ciências Geofísicas e Geológicas
Título Principal Geologia e ocorrências minerais da branquianticlinal de Xambioá - Goiás / Márcio Dias Santos
Publicação 1983.
Descrição Física ix, 124 f. : il., mapas ; 30 cm
Notas Orientador: Basile Kotschoubey
Um mapa em folha dobrada em anexos
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Curso de Pós-Graduação em Ciências Geofísicas e Geológicas
Inclui referências bibliográficas
Resumo:Este trabalbo tem por objetivo caracterizar os aspectos petrológicos e a evolução geológica da Região de Xambioá (GO), na Faixa de Dobramentos Araguaia, incluindo a gênese das ocorrências minerais existentes na área. Divide-se a área em questão em três domínios nitidamente individualizados e estratigraficamente distintos; o núcleo gnáissico-migmatítico da braquianticlinal de Xambioá, exposto pela erosão, que foi considerado aqui como pertencente ao Complexo Colméia (embasamento}; as serras quartzíticas responsáveis pelo destaque morfológico da estrutura e que correspondem a Formação Morro do Campo; e a área arrasada circunjacente a estrutura, onde afloram xistos variados pertencentes a Formação Xambioá. Estas duas formações compõem o grupo Estrondo, unidade inferior do Super Grupo Baixo-Araguaia. Com base nos estudos petrográficos e químicos os gnaisses do embasamento foram caracterizados como ortognaisses trondhjemiticos e os neossomas dos migmatitos interpretados como produto da fusão parcial desses gnaisses. Rochas pelíticas e grauvacas foram consideradas como as rochas pré-metamórficas dos micaxistos e xistos feldspáticos respectivamente. As relações de campo e a composiçao química dos anfibolitos xistosos, tanto de dentro como de fora da estrutura, indicam sills de diabásio ou derrames basálticos de composição toleítica como as suas rochas originais, enquanto que os anfibolitos maciços de fora da estrutura foram interpretados como metagabros. Foi observada a distribuição concêntrica das zonas da granada e cianita em torno da braquidobra de Xambioá. O grau metamórfico cresce em direção à estrutura, da fácies xisto verde, incluindo a zona da biotita e a zona da granada, até a facies anfibolito caracterizada pelo aparecimento de estauroIita e cianita na zona interna da cianita. A presença de cianita caracteriza o metamorfismo como do tipo barroviano (pressão média a alta). Os gnaisses do embasamento são de fácies anfibolito e devem ter sido afetados pelo metamorfismo Faixa Araguaia. Foram descritos cinco tipos de veios mineralizados: 1 Pegmatitos com monazita. encaixados em micaxistos caulinizados da Formação Xambioá. 2) Pegmatitos com ametista, hematita e fluorapatita em gnaisses e migmatitos do embasamento. 3) Veios hidrotermais zonados contendo cristal de rocha e ametista, também encaixados no embasamento. 4) Veios de quartzo hidrotermais com cristal de rocha, turmalina, pirita e rutilo, encaixados em micaxistos e quartzitos do grupo Estrondo. 5) Veios com titanita, epídoto e turmalina, em anfibolitos da Formação Xambioá. A estrutura zonada, a presença de minerais de alta temperatura como a monazita e turmalina e de cristais euédricos bem desenvolvidos, bem como a associação destes veios com migmatitos, sugere para eles uma origem magmática, relacionada a fase residual do magma granítico gerado pela fusão parcial dos gnaisses. Para a origem da braquidobra de Xambioá, sugere-se um processo diapírico dos gnaisses do embasamento, deformando a cobertura, causado por anomalia térmica local e facilitado pelo magma restrito resultante da fusão parcial dos gnaisses. Propõe-se a existéncia de apenas um ciclo termotectônico na Faixa Araguaia, sendo que a braquidobra e os neossomas dos migmatitos como também os veios mineralizados da região de Xambioá, foram formados no final ou logo após o metamorfismo. As informaç6es acumuladas até o momento e as tentativas de datação pelo método Rb-Sr, recentemente efetuadas para se determinar a idade do ciclo tectogénico que formou a Faixa Araguaia, não são conclusivas. Entretanto, de acordo com o modelo evolutivo aqui proposto para a região de Xambioá, prefere-se neste trabalho, optar por uma idade brasiliano para metamorfismo.
Assuntos Geologia econômica Goiás (GO)
Petrologia