Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
552.098115    F219e    DIS   
Autor Principal Faraco, Maria Telma Lins
Entradas Secundárias - Autor McReath, Ian , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Curso de Pós-Graduação em Geociências
Título Principal Evolução petrológico-geoquímica das rochas da suite metamórfica Vila Nova na Serra do Ipitinga (NW do Pará) / Maria Telma Lins Faraco ; orientador, Ian McReath
Publicação 1990.
Descrição Física xi, 346 f. : il. ; 30 cm + mapas
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Geociências, Curso de Pós-Graduação em Geociências,1990
Inclui referências bibliográficas
Resumo: O estudo petrológico-geoquímico da Suíte Metamórfica Vila Nova na Serra do Ipitinga (NW do Pará) comprova ser a mesma uma sequência supracrustal constituída por rochas metavulcânicas, e mais raramente metaplutônicas, máficas e ultramáficas, rochas à cordierita - antofiIita e a quartzo - clorita, às quais estão sobrepostos sedimentos químicos, que configuram formações ferríferas bandadas dos tipos óxido e silicato,e metassedimentos elásticos. Mineralização sulfetada está associada às rochas metavulcânicas basais hidrotermalizadas contendo pirrotita, pirita, calcopirita e esfalerita, com Au e Ag associados e traços de galena, molibdenita, além de um telureto de Ag (hessita?). Teores significativos de pt foram detectados em BIFs tipo siIicato e rochas a cordierita - antofilita. Parte das lavas básicas foi alterada em baixa temperatura e pressão por soluções hidrotermais em ambiente submarino em zonas de "stockworks", condicionando a geração de sulfetos e de rochas a quartzo-clorita. Posterior metamorfismo regional progressivo de fácies anfibolito, transformou as rochas a quartzo-clorita em rochas à cordierita-antofiIita e as vulcânicas básicas em anfibolitos. As BIFs e os sedimentos elásticos associados exibem igualmente paragêneses minerais de fácies anfibolito. Todo o pacote sofreu deformação dinamotermal regional de caráteres dúcti I e rúptil, responsável pela atual configuração estrutural em faixas alongadas de direção NW-SE com mergulhos subverticais freqüentemente para NE e pelo desenvolvimento de zonas de cisalhamento e microdobras isoclinais. À formação dessas zonas está relacionada a geração de milonitos e anfibolitos polimetamórficos. A introdução de fluidos (H20 e G02) através de tais zonas condicionou transformações metassomático-hidrotermais retrogressivas, com superimposição generalizada de assembléias de baixo grau. Alterações hidrotermais e mudanças mineralógico-texturais resultantes da ação de fluidos e magmas relacionados às intrusões graníticas tectônicas e anorogênicas também são conspícuas, tanto nos anfibolitos como nos metassedimentos. Nos primeiros, pelo desenvolvimento de arranjos texturais granoblásticos poligonais subordinados às texturas nematoblásticas finas predominantes, além da formação de scheelita e elevação significativa de teores de molibdênio. Enquanto que nos segundos, pela presença de texturas granoblásticas poligonais e de cristais de turmalina pós-tectônicos. O estudo geoquímico conjunto dos elementos maiores, traços e terras raras revela que a introdução de fluidos propiciou a mobilidade de determinados elementos. Ainda assim, a utiIização de alguns deles considerados "imóveis" ou menos móveis durante os processos de alteração, permitiu caracterizar os magmas parentais como basaltos subalcalinos toleíticos. Algumas rochas mostram um significativo enriquecimento em MgO e relativo empobrecimento em TiO2, cujas relações entre Fe total, TiO2, AI2O3 e MgO são compatíveis com as dos basaltos komatiíticos sugerindo, desse modo, a possibiIidade de existência de uma série komatiítica no magmatismo. O uso de elementos "imóveis" na indicação de ambiente tectônico e na determinação das características da fonte magmáticas das metavulcânicas foi sensivelmente prejudicado pela não-detecção de Nb. No entanto, a utilização de outros elementos mostra ser essas rochas toleitos, onde uma parte subordinada exibe características químicas condizentes com as dos basaltos de fundo oceânico. A ocorrência de metassedimentos tipicamentes continentais e com padrões de ETR semelhantes aos dos granitos crustais, associados às vulcânicas, indica a existência de uma crosta continental no tempo do vulcanismo, sugerindo que as metavulcânicas tiveram sua erupção em um ambiente tipo "rift", iniciando-se em situação continental e evoluindo para a oceânica. A semelhança entre o padrão ETR dos toleitos e dos MORBs atuais, a ocorrência de mineralização sulfetada de natureza tipicamente exalativa hidrotermal sindeposicional, causada pela descarga de soluções metalíferas no fundo do mar, em ambiente distensivo, e de bifs tipo Algoma, também admitidas originadas em ambientes equivalentes às atuais dorsais meso-oceânicas, favorecem esse modelo
Assuntos Petrologia Pará
Geoquímica Pará
Metamorfismo (Geologia)