Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
552.0098115    N244p    DIS   
Autor Principal Nascimento, Fernanda Giselle Cruz do
Entradas Secundárias - Autor Dall'Agnol, Roberto , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Curso de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica.
Título Principal Petrologia magnética das associações magmáticas arqueanas da região de Canaã dos Carajás-PA / Fernanda Giselle Cruz do Nascimento; orientador, Roberto Dall'Agnol
Publicação 2006.
Descrição Física 180 f. : il. ; 28 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Belém, 2006
Inclui referências bibliográficas
Resumo: As associações magmáticas estudadas estão localizadas na região de Serra Dourada entre as localidades de Vila Treze e Vila Planalto, no município de Canaã dos Carajás, e a leste da sede deste município. A região está inserida na zona de transição entre o Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria e a Bacia Carajás próximo à porção extremo sudeste da estrutura sigmoidal da Falha Carajás. Foram realizados testes metodológicos em amostras com baixa suscetibilidade magnética (SM <1 x 10-3 Slv), os quais consistiram em comparações entre valores obtidos através dos sensores denominados bobina plana e bobina cilíndrica (SMS), e revelaram diferenças expressivas entre os valores de SM obtidos com os dois sensores mencionados. Notou-se que, quanto mais baixo o valor de SM, maior a diferença da bobina plana em relação à cilíndrica, porém as medidas obtidas não mostraram um padrão regular, impossibilitando o cálculo de um fator de correção, o qual permitiria compensar as diferenças verificadas Testes realizados com padrões e amostras com valores relativamente elevados de SM (>1 x1 0-3 Slv), mostraram que, ao contrário do observado em amostras com baixa SM, os valores obtidos com as duas bobinas tendem a ser próximos, sendo, porém, sistematicamente mais baixos aqueles fornecidos pela bobina plana em relação à bobina cilíndrica. Isto revelou ser necessária a utilização de um fator de correção de 1,7 para compensar os valores mais baixos fornecidos pela bobina plana em relação à bobina cilíndrica. A partir dos resultados obtidos nestes testes, foram considerados neste trabalho apenas os valores de SM obtidos com bobina plana acima de 1 x1 0-3 Slv multiplicados por 1,7, descartando-se aqueles inferiores a 1 x1 0-3 Slv, por serem imprecisos. Procurou-se compensar isso realizando, em amostras de baixa SM, medidas através da bobina cilíndrica. As rochas estudadas foram subdivididas em dois grupos principais: o primeiro com predominância de valores de SM elevados, composto por Biotitagranito/Leucogranito (SM média de 8,72 x 10-3 Slv), Granito Foliado (SM média de 1,38 x 10-2 Slv), Microgranitol Dacito-Pórfiro (SM média de 9,28 x 10-3 Slv) e o Gabro (SM média de 2,69 x 10-2 Slv); e o segundo com predominância de valores mais baixos de SM, representados pelo Trondhjemito (Valor representativo de SM 7,54 x 10-5 Slv) e pela Associação Tonalítica-Trondhjemítica (Valor representativo de SM 5,11 x 10-5 Slv). Tonalito/Quartzo-Diorito e o Granito Planalto exibem características distintas dm demais grupos por apresentar grande variação de SM. O primeiro revela forte evidências de neoformação de cristais de magnetita em condições sub,solidus os quais são responsáveis pelos altos valores de SM fornecidos por certas amostras. Nc segundo a causa das variações de SM ainda não foram esclarecidas, necessitando dE estudos complementares. Os principais minerais opacos identificados nas associações magmáticas estudadas foram: magnetita, ilmenita, hematita (martita) e, mais raramente, pirita E calcopirita. As rochas de mais altos valores de SM, Biotita-granito/Leucomonzogranito Granito Foliado, Dacito Pórfiro e Gabro, são também as mais ricas em magnetita, a qua se encontra geralmente na forma de cristais preservados sem muita evidência de oxidação, podendo, por vezes, ocorrerem alterados incipientemente. Tais rochas foran formadas sob condições oxidantes, próximas às do tampão NNO. Os valores mai: baixos de SM correspondem ao Trondhjemito e Associação Tonalítica - Trondhjemítica rochas com conteúdos modais de magnetita relativamente baixos ou até mesmo nulos Isto pode refletir, ainda, a desestabilização deste mineral através da ação de processo: hidrotermais, processos estes freqüentes nas rochas estudadas. O mineral óxido de FE e Ti predominante nestes grupos é a ilmenita. Tais características magnéticas revelan que estas rochas provavelmente se formaram em condições mais redutoras abaixo de tampão FMQ. Os estágios de evolução da magnetita e da ilmenita identificados no: granitóides oxidados foram: (1) a titanomagnetita e a ilmenita I e C se formaram en equilíbrio no estágio magmático; (2) a partir de processos de oxi-exsolução, é titanomagnetita evoluiu para intercrescimentos de magnetita pura com ilmenita en treliça (11m T) e em manchas (ilm P); (3) em amostras mais intensamentE transformadas, a magnetita apresenta-se homogênea e desprovida de ilm T e houvl reequilíbrio de ilmenita I e C; (4) em um estágio posterior, a ilmenita foi intensamentl alterada para associações complexas de óxidos, indicando a presença de soluçõe fortemente oxidantes, sendo, porém, a magnetita pouco afetada por tais processos Comparações entre as rochas estudadas e rochas similares da Província Mineral di Carajás, indicaram, de modo geral, semelhanças entre suas características magnéticas
Assuntos Petrologia Carajás, Serra dos (PA)
Granito
Magnetismo terrestre