Dados do Acervo - Teses

Número de Chamada   
 
551.80981    S676f    T   
Autor Principal Soares Júnior, Adilson Viana
Entradas Secundárias - Autor Costa, João Batista Sena , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Curso de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica.
Título Principal A Fragmentação do Gondwana na Região Meio-Norte do Brasil durante o Mesozóico / Adilson Viana Soares Júnior; orientador, joão Batista Sena Costa
Publicação 2007.
Descrição Física 193 f. : il. ; 30 cm
Notas Tese (doutorado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Belém, 2007
Inclui referências bibliográficas
Resumo: No final do Pré-Cambriano, os continentes Sulamericano, Africano, Indiano, Antártico e Australiano formavam um único e grande complexo continental chamado Gondwana. A partir do Mesozóico, este mega-continente passou a experimentar esforços extensionais em várias partes do seu interior, ocorrendo em várias escalas processos de soerguimentos regionais com ou sem vulcanismo associado, formação de junções tríplices e de rifteamentos em vários estágios. Estes eventos decorreram, na região meio-norte do Brasil, da Reativação Wealdeniana ou Evento Sul-Atlantiano que incidiram no interior e na borda da placa Sulamericana e foi acompanhado inicialmente por intenso magmatismo essencialmente básico, seguido pelo desenvolvimento de sistemas estruturais extensionais, tendo falhas normais lístricas ou planares como elementos fundamentais do arcabouço de cada bacia e envolvendo reativações de zonas de cisalhamento antigas no contexto da tectônica ressurgente. Estes processos foram materializados, a partir do Triássico, através de soerguimentos associados ao magmatismo em regiões de fraqueza do embasamento précambriano e nas bacias paleozóicas instaladas. As áreas soerguidas foram intensamente erodidas e ocorreu a instalação de junções tríplices, com intenso vulcanismo intrusivo e explosivo associado. Estes eventos estão ligados à fragmentação do Pangea, formação do Oceano Atlântico Central e individualização dos supercontinentes Laurásia e Gondwana. O braço do Atlântico Central na América do Sul evoluiu para os estágios iniciais de rifteamento nas bacias da Foz do Amazonas e vulcanismo na Bacia do Parnaíba durante o Triássico e Jurássico. Este evento de rifteamento perdeu intensidade na região e migrou para o Caribe, separando a América do Norte da América do Sul. A partir do início do Cretáceo (final do Barremiano e início do Aptiano), nova fase de rifteamento surgiu na região, agora sem vínculo com o Atlântico Central. Houve a ampliação das bacias da Foz do Amazonas, formação da Bacia de Marajó e início de nova fase de soerguimento e vulcanis.mo seguido de rifteamento ,na região do Arco FerrerUrbano Santos, Bacia do Parnaíba, formação do Sistema de Grábens Gurupi (Bacias de Bragança-Viseu, São Luís e Ilha Nova) e Bacia do Grajaú. Neste processo, dois eventos distintos ocorreram, um de rifteamento com os estágios iniciais de formação das Bacias de Bragança-Viseu e Ilha Nova, e outro de subsidência termal, com a formação da Bacia de São Luís e Bacia de Grajaú, separados por curto intervalo de tempo. Estas bacias sofreram rápido processo de evolução, com registro de vários ambientes sedimentares, desde o fluvial, lacustre até ingressões marinhas. No Eocretáceo, o processo de ampliação da Bacia da Foz do Amazonas continuou e avançou para SE, resultando na formação das bacias do Pará-Maranhão e Barreirinhas no início do Albiano. Este evento iniciou a formação do Oceano Atlântico Equatorial, com ingressão marinha nas bacias do Pará-Maranhão e Barreirinhas, propiciando as entradas marinhas na bacias de São Luís e Ilha Nova e na Bacia de Grajaú, através de descontinuidades na região da Baía de São Marcos no Maranhão e colapso parcial do Arco FerrerUrbano Santos. No final do Eocretáceo, houve diminuição da movimentação nas Bacia de Marajó, parada na movimentação do Sistema de Grábens Gurupi e ruptura total dos continentes sulamericano e africano, com formação de crosta oceânica e margem passiva nas bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão e Barreirinhas. A partir do Neocretáceo, as margens leste da América do Sul e oeste da África assumiram a sua configuração atual, sofrendo atuação da deriva e posteriormente da Neotectônica.
Assuntos Geologia estrutural Brasil
Rochas sedimentares
Bacias (Geologia)