Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
552.4098115    F383e    DIS   
Autor Principal Ferreira, Maryelle da Silva
Entradas Secundárias - Autor Barros, Carlos Eduardo de Mesquita , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Geociências. Curso de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica.
Título Principal Evolução tecto-metamórfica das rochas associadas ao depósito cupro-aurífero de Sequeirinho e Sossego. Provìncia mineral de Carajás / Maryelle da Silva Ferreira; orientador, Carlos Eduardo de Mesquita Barros
Publicação 2006.
Descrição Física 103 f. : il. ; 28 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Geociências, Curso de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Belém, 2006
Inclui referências bibliográficas
Resumo: Os depósitos cupro-auríferos de Sequeirinho e Sossego, situados a sul da Serra Sul se consagraram como áreas de importante interesse econômico. A explotação destes depósitos minerais tem estimulado o desenvolvimento sócio-econômico para o município de Canaã dos Carajás e adjacências. A integração de dados petrográficos mineralógicos e estruturais das rochas associadas ao depósito Sequeirinho-Sossego permitiu estabelecer a história tectono-termal e os mecanismos de deformação/recristalização atuantes nesta área da Província Mineral de Carajás. Foram estudadas rochas das minas a céu aberto e de testemunhos de sondagem. Os tipos petrográficos encontrados são metatonalitos, anfibolitos e granitos foliados, com variações na intensidade de deformação. De modo subordinado, ocorrem gabros finos a médios, magnetititos, actinolititos e clorititos. Nas adjacências dos depósitos, a intensidade da deformação milonítica é fraca de tal modo que as texturas e estruturas primárias foram preservadas. Em rochas metabásicas são observadas estruturas almofadadas e em rochas granitóides nota-se uma foliação homogênea de alta temperatura, muito provavelmente, ligada à deformação sin-magmática que ocorreu em escala regional. Nas cavas de Sequeirinho e Sossego a forte deformação milonítica é verificada ao longo de um extenso corredor estrutural de direção WNW-ESE, onde rochas metabásicas e granitóides foram intercaladas tectonicamente. A lineação de estiramento, marcada pela orientação preferencial de biotita, tem alto ângulo de caimento. A forte deformação e a intensa redução do tamanho dos grãos causaram o paralelísmo de eventuais assimetrias, tomando dífícil a determinação do sentido de cisalhamento. Na zona de cisalhamento a foliação milonítica pode mostrar leves ondulações, estruturas do tipo pinch-and-swell e ser cortada por veios sintectônicos paralelos ou discordantes com relação à foliação. Os veios discordantes foram submetidos a forte dobramento. O estudo detalhado mineral6gico e petro-estrutural, sobretudo das rochas metabásicas, permitiu estabelecer o caráter polimetamórfico e a cronologia dos diferentes episódios de metamorfismo e deformação. A primeira fase de metamorfismo (Mo) que atuou sobre as rochas máficas corresponde a transformações estáticas de fácies xisto verde (P<0,5 kbar, T -250 - 350°C), com preservação parcial das texturas ofíticas/subofíticas. O piroxênio primário foi transformado para anfibólios de baixa temperatura e o plagioclásio saussuritizado. Estas transformações parecem ter ligação com o metamorfismo oceânico, já mencionado em outros locais de ocorrência de rochas metabásicas da Província Mineral de Carajás. Posteriormente, as rochasmetabásicas foram submetidas a metamorfismo termal (M1) de fácies albita-epidoto homfels (P-2,3 - 3,5 kbar, T-400 a 500 °C), marcado pelo desenvolvimento de homblenda verde-oliva nas bordas de anfibólios verde-pálidos. A fase M2 está ligada a zonas de cisalhamento dúctil (metamorfismo dinâmico) de fácies anfibolito com pressões em tomo de 2,0 - 3,0 kbar e temperaturas de cerca de 450 500°C. A recristalização dinâmica e a conseqüente redução do tamanho dos grãos muito provavelmente estão relacionadas a mecanismos de migração de limites dos grãos e rotação de subgrãos. Nas rochas metabásicas milonitizadas, a textura fina associada a uma trama nematoblástica, traduzida pelas faces retilíneas dos cristais anfibólio sugere que processos de dissolução por pressão tiveram papel importante. A dissolução de anfibólio, possível nas condições de temperatura estimadas para o cisalhamento dúctil, foi seguida de transferência de material e deposição. Isto poderia explicar a presença de concentrações de actinolita, sulfetos e magnetita, concordantes à foliação milonítica, além de veios de anfibólio e de plagioclásio. Estes mecanismos teriam sido responsáveis pela concentração dos sulfetos cupro-auríferos. Finalmente ...
Assuntos Metamorfismo (Geologia)
Rochas metamórficas
Geologia estrutural