Dados do Acervo - Teses

Número de Chamada   
 
573.88    S158s    T   
Autor Principal Saito, Cézar Akiyoshi
Entradas Secundárias - Autor Silveira, Luiz Carlos de Lima , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Título Principal Sensibilidade temporal e espectral das células ganglionares retinianas M e P de primatas neotropicais / Cézar Akiyosh Saito; orientador, Luiz Carlos de Lima Silveira
Publicação 2007.
Descrição Física xv,138 f. : il. ; 31 cm + CD-ROOM
Notas Tese (doutorado) - Universidade Federal do Pará. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular, Belém, 2007
Inclui referências bibliográficas
Resumo: Os primatas são os únicos mamíferos que possuem células ganglionares M e P na retina. Eles podem ser divididos em prossímios e antropóides, sendo que estes últimos compreendem os catarríneos (comumente chamados de antropóides do Velho Mundo) e platirríneos (comumente chamados de antropóides do Novo Mundo ou neotropicais). Todos os catarríneos até então estudados, incluindo o homem, são diurnos e têm visão tricromática. Por outro lado, os platirríneos podem ser diurnos ou noturnos e a grande maioria possui um polimorfismo sexual quanto à visão de cores: todos os machos são dicromatas e as fêmeas podem ou não ser tricromatas. No presente trabalho, foram estudados três platirríneos: Alouatta (diurno e tricromata), Cebus macho (diurno e dicromata) e Aotus (noturno e monocromata). Foi correlacionado os diferentes estilos de vida e a presença ou não do polimorfismo sexual com as propriedades temporais e espectrais das células ganglionares retinianas M e P. Foram obtidos registros in vivo de células parafoveais isoladas usando microeletródios de metal e vidro. Os seguintes estímulos foram usados: pulsos de luminância e de cor para classificar a célula em fásica ou tônica; oscilações temporais de luminância e de cor para levantar a função de transferência de modulação temporal; dois LEDs, 554 e 638 nm foram modulados em contrafase e em diferentes proporções ou em diferentes fases relativas mas com a mesma amplitude para estudar as propriedades espectrais. Em todos os primatas estudados, foram encontradas células ganglionares fisiologicamente classificadas como células M e P. As respostas celulares aos pulsos e oscilações temporais foram similares àquelas de catarríneos: foram observadas células fásicas com um mecanismo de controle de ganho de contraste, classificadas como M, e células tônicas e lineares, classificadas como P. As células do Alouatta e do Cebus são dominadas pelos sinais dos cones e as do Aotus pelos sinais dos bastonetes. As células P do Alouatta têm oponência cromática como em catarríneos, enquanto as células P do Cebus macho e do Aotus não têm oponência cromática, sendo "cegas para a cor". Os resultados corroboram os achados morfológicos de que as vias M e P estão presentes tanto em catarríneos quanto platirríneos. As células ganglionares M e P dos platirríneos são similares, qualitativemente, às células dos catarríneos quanto às propriedades temporais, mas bastante diferentes quanto às propriedades espectrais.
Assuntos Células do gânglio retiniano
Sensibilidade espectral
Primata
Sensibilidade de contraste (Visão)