Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
155.418    L557a    DIS   
Autor Principal Lemos, Isabela Porpino
Entradas Secundárias - Autor Ferreira, Eleonora Arnaud Pereira , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento.
Título Principal Análise do comportamento de crianças seus acompanhantes e auxiliares de enfermagem durante a punção venosa em sessão de quimioterapia ambulatorial / Isabela Porpino Lemos; orientador, Eleonora Arnaud Pereira Ferreira
Publicação 2007.
Descrição Física 114 f. : il. ; 30 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Belém, 2007
Inclui referências bibliográficas e anexos
Resumo: A punção venosa para a administração de quimioterapia é um dos procedimentos invasivos mais comuns no tratamento do câncer em crianças. É freqüente que nessa situação o paciente apresente reações comportamentais e fisiológicas condicionadas de dor e/ou ansiedade, como choro, gritos e rigidez muscular, as quais são denominadas de distresse comportamental. A literatura aponta que os comportamentos apresentados pelos adultos (acompanhante e auxiliar de enfermagem) durante o procedimento invasivo podem desencadear na criança comportamentos indicativos de distresse comportamental ou, então, comportamentos de colaboração; no entanto, não especifica de forma clara que comportamentos são esses. Considerando a carência de estudos que abordem essa temática, a presente pesquisa propôs-se a caracterizar o repertório comportamental exibido por pacientes pediátricos com câncer, por seus acompanhantes e pelos auxiliares de enfermagem durante um procedimento invasivo de punção venosa para administração de quimioterapia em ambulatório. A amostra incluiu catorze pacientes pediátricos com diagnóstico de câncer, com idade entre 4 e 12 anos, que estavam em quimioterapia em ambulatório no Hospital Ofir Loyola (P A) há menos de um ano, bem como seus respectivos acompanhantes e auxiliares de enfermagem. A coleta de dados foi realizada a~ravés da observação direta do comportamento dos participantes, da aplicação do Inventário de Ansiedade de Beck (IAB), de uma Escala Facial e de uma entrevista semi-estruturada. Os comportamentos típicos emitidos pelos acompanhantes, pelos pacientes e auxiliares de enfermagem foram definidos operacionalmente, categorizados e agrupados em classes. Os resultados mostraram que os pacientes pré-escolares e escolares não apresentaram um padrão de comportamentos diferenciado durante o procedimento invasivo, porém as interações que os acompanhantes desenvolveram com os mesmos nesse contexto variaram conforme a faixa etária da criança, com acompanhantes de crianças mais novas tendo um maior número de interações com o paciente do que acompanhantes de crianças mais velhas. Observou-se, também, que os comportamentos apresentados pelos acompanhantes e auxiliares de enfermagem durante o procedimento invasivo constituíram uma contingência ambiental que ajudou a manter comportamentos concorrentes no repertório comportamental do paciente, bem como contribuíam para a ocorrência de comportamentos não concorrentes no paciente. O nível de ansiedade apresentado pelo acompanhante no IAB não mostrou correspondência com o nível de distresse exibido pelo paciente durante a punção venosa, assim como o auto-relato de dor do paciente não correspondeu com o distresse observado nele nesse momento e com o relato do acompanhante sobre a dor sentida pelo paciente durante a punção venosa. Sendo assim, os resultados da atual pesquisa sugerem a importância de se realizar estudos que investiguem o efeito do treinamento de acompanhantes e auxiliares de enfermagem em técnicas cognitivas e comportamentais de manejo do distresse sobre o repertório apresentado pelo paciente da oncologia pediátrica durante a punção venosa para a administração de quimioterapia, tendo em vista a relevância clínica do planejamento de intervenções psicológicas sistemáticas que visem a instalar e fortalecer comportamentos de colaboração e de participação ativa no tratamento nessa população.
Assuntos Crianças - Comportamento
Câncer em crianças
Câncer - Quimioterapia
Acompanhantes de pacientes
Observação em enfermagem
Distresse (Psicologia)
Observação (Psicologia)