Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
571.9591    S232e    DIS   
Autor Principal Santana, Maxwell Barbosa de
Entradas Secundárias - Autor Faro, Lilian Rosana Ferreira , orient.
Universidade Federal do Pará. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Título Principal Efeitos do Flutriafol sobre a liberação in vivo de dopamina no núcleo estriado de ratos : um estudo mediante microdiálise cerebral / Maxwell Barbosa de Santana; orientadora, Lilian Rosana Ferreira Faro; co-orientador, Rafael Durán Barbosa
Publicação 2006.
Descrição Física 100 f. : il. ; 31 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular, Belém, 2006
Inclui referências bibliográficas
Resumo: O flutriafol é um pesticida da classe dos triazóis, cuja utilização na agricultura vem crescendo nos últimos anos por ser um eficiente substitutivo de outros fungicidas clássicos. A ação deste pesticida sobre o SNC é pouco conhecida, no entanto, quando se considera outros fungicidas da mesma classe, como o triadimefon, é descrito que este provoca hiperatividade e comportamentos esteriotipados em roedores, sendo estes efeitos associados a alterações na transmissão dopaminérgica no SNC. No presente trabalho, estudou-se os efeitos da administração de diferentes concentrações de flutriafol (1, 6,6, e 12 mM) sobre a liberação in vivo de dopamina e de seus metabólitos, ácido dihidroxifenilacético (DOP AC) e ácido homovanílico (HV A), no núcleo estriado de ratos, usando a técnica de microdiálise cerebral acoplada à Cromatografia Líquida de Alta Eficácia com detecção eletroquímica. A administração intraestriatal de 6,6 e 12 mM de flutriafol produziu aumentos significativos nos níveis extracelulares de dopamina (1223:1:305% e 3093:1:345%, em relação aos níveis basais, respectivamente), assim como de DOP AC e HV A. De acordo com estes resultados, o flutriafol poderia provocar aumentos nos níveis de dopamina extracelulares através de uma indução da liberação exocitótica ou através de uma ação sobre o transportador de dopamina (DAT). Tendo em vista estas hipóteses, buscou-se comprovar o possível mecanismo de liberação de dopamina induzi da pelo flutriafol; para tanto administrou-se 6,6 mM de flutriafol juntamente com TTX, meio Ringer sem cálcio ou sem sódio e meio com alta concentração de KCI. Quando o flutriafol foi administrado em um meio Ringer sem cálcio ou sem sódio, observou-se que os níveis extracelulares de dopamina reduziram-se 92% e 70%, respectivamente, em relação à liberação observada com a perfusão de flutriafol em meio Ringer normal. Do mesmo modo, observou-se que a perfusão intraestriatal de flutriafol em animais pré-tratados com TTX (10 /lM) ou com reserpina (10 mglkg) produziu aumentos na liberação de dopamina que foram 73% e 86% menores, respectivamente, que aqueles observados em animais sem pré-tratamento. Em outro grupo experimental investigou-se o possível envolvimento do DAT na liberação de dopamina induzi da pelo flutriafol, através da administração de nomifensina, um bloqueador deste transportador, juntamente com flutriafol. Os resultados indicaram que os aumentos nos níveis de dopamina induzidos pelo flutriafol não dependem de uma ação deste pesticida sobre o DAT. Em conjunto, esses resultados sugerem que a liberação in vivo de dopamina estriatal induzida pelo flutriafol parece ser mediada por um mecanismo exocitótico. cálcio, sódio e TTX dependente, sendo este mecanismo independente do DAT.
Assuntos Pesticidas - Efeito fisiológico
Microdiálise cerebral
Dopamina
Rato