Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
616.36230098115    A485c    DIS   
Autor Principal Amaral, Ivanete do Socorro Abraçado
Entradas Secundárias - Autor Souza, Rita Catarina Medeiros de , orient.
Universidade Federal do Pará . Núcleo de Medicina Tropical Curso de Pós-Graduação em Medicina Tropical
Título Principal Co-infecção vírus da imunodeficiência humana e vírus da hepatite C (HIV/HCV) / aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais de uma população atendida em um serviço de hepatopatias na cidade de belém-Pará / Ivanete do Socorro Abraçado; orientaora, Rita Catarina Medeiros Souza
Publicação 2006.
Descrição Física 130 f. : il. ; 31 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Pará. Núcleo de Medicina Tropical. Curso de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Belém, 2006
Inclui referências bibliográficas
Resumo: A infecção pelo V irus da imunodeficiência humana 1 (HIV -1) em associação com a do Virus da hepatite C (HCV) representa, atualmente, uma comorbidade que pode interferir principalmente na história natural da hepatite C. Este trabalho tem como objetivo descrever aspectos demo gráfico, clínico e laboratorial, incluindo exame histopatólogico de pacientes coinfectados HIV/RCV. No período de agosto de 2004 a dezembro de 2006, 36 pacientes coinfectados, foram selecionados para o estudo. Noventa e dois por cento desses pacientes eram procedentes de Belém, com média de idade de 42 anos. Entre as principais informações demográficas da população estudada, foram identificados 72,52% solteiros, 83,5% do sexo masculino e 61,1% relataram ser heterossexuais. Entre os fatores de risco para o HCV o uso de drogas ilícitas injetáveis foi identificado em 41,7% dos casos, o uso de cocaína intranasal foi relatado por 38,9% dos pacientes, e o compartilhamento de seringas e material pessoal, em 38,9% dos casos. A história de etilismo em 77,8% e o uso de TARV, foram os possíveis fatores agravantes mais fteqüentes para a doença hepática. Apenas um paciente apresentou sinais clínicos de insuficiência hepática crônica. Entre os testes bioquímicos hepáticos, a mediana de ALT e AST foi de 68UI/L e 61UI/L, respectivamente. Os níveis de linfócitos T CD4+ apresentaram mediana de 327 células/mm3, a carga viral do HIV com mediana de 2,53 IOglO cópias/mL (ep=0,34), carga viral do HCV com mediana de 5,9 10glOUI/rnL. O genótipo 1 do HCV foi o mais ftequente (58,82%). Cinqüenta e sete por cento dos pacientes submetidos à biópsia hepática apresentavam fibrose de moderada a severa, e 11 % não apresentaram fibrose pela classificação MET AVIR. Houve associação entre níveis de linfócitos T CD4+ e níveis de ALT e de AST (p=0,0009 e p=0,0002, respectivamente), assim como associação entre genótipo 1 do HCV e HCV-RNA maior ou igual a 6 10glO UI/rnL (p=O.OO39). Foi observada também associação entre HCV-RNA e HIV-RNA (p=0,039). Os pacientes apresentam estado geral bom, imunologicamente estáveis, sem sinais de descompensação hepática, mas com alterações estruturais hepáticas importantes, sendo portanto bons candidatos à terapia antiviral para o HCV. Futuros estudos, talvez de caso controle, com casuística maior são necessários para melhor entendimento da co-infecção HIV/HCV.
Assuntos Hepatite C Belém (PA)
Infecções por HIV
Vírus da hepatite C
AIDS (Doença) - Epidemiologia