Dados do Acervo - Dissertações

Número de Chamada   
 
581.782    Q3f    DIS   
Autor Principal Queiroz, José Antonio Leite de
Entradas Secundárias - Autor Machado, Sebastião do Amaral , orientador
Universidade Federal do Paraná
Título Principal Fitossociologia e distribuição diamétrica em floresta de várzea do estuário do rio Amazonas no estado do Amapá / José Antonio Leite de Queiroz; orientador, Sebastião do Amaral Machado
Publicação 2004.
Descrição Física 88 f. : il. (algumas color.) ; 31 cm
Notas Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Centro de Ciências Florestais e da Madeira, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Curitiba, 2004
Inclui referências bibliográficas e anexos
O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo principal analisar a composição tlorística e a estrutura dos componentes arbóreos de floresta de várzea do estuário do rio Amazonas, comparando-se os resultados da várzea alta com os da várzea baixa. Foram instaladas 10 parcelas de um hectare (100 x 100 m), divididas em subparcelas de 20 x 50 m, sendo cinco em várzea alta e cinco em várzea baixa, entre o Arquipélago do Bailique, na foz do rio Amazonas, e o rio Preto localizado a 225 km do Bailique. Foram mensurados todos os indivíduos com DAP 2: 5 cm para avaliação da composição florística, estrutura horizontal (densidade, dominância e freqüência), diversidade de espécies e equabilidade, similaridade e distribuição diamétrica. Ao todo foram encontrados 116 espécies e 89 gêneros, pertencentes a 38 famílias botânicas, de um total de 8.879 indivíduos. Na várzea alta foram encontradas 104 espécies de 84 gêneros, pertencentes a 36 famílias botânicas, de um total de 4.244 indivíduos, enquanto que na várzea baixa 98 espécies de 79 gêneros, de 35 famílias botânicas, de um total de 4.635 indivíduos. Cinco espécies ocorreram nas dez parcelas amostrais: Carapa guianensis Aubl. (andiroba), Pentaclethra maeroloba (Willd.) O. Kuntze (pracaxi), Eugenia brawsbergÜ Amshoff (goiaba-braba), Astroearyum murumuru Mart. (murumuru) e Euterpe oleraeea Mart. (açaí). Na várzea alta a família Areeaeeae foi a que apresentou maior densidade absoluta com 1.864 (43,9%) indivíduos, com destaque para E. oleraeeae (944) e A. murumuru (668). Entre as Dicotiledôneas, a família Mimosaeeae apresentou 485 (11,4%) indivíduos, com P. maeroloba (321) e Pitheeellobium inaequale (H.B.K.) Benth. (94) e família Caesalpiniaeeae com 461 (10,9%) indivíduos, com Mora paraensis Ducke (291) e Swartzia eardiosperma Spr. ex. Benth. (96). Na várzea baixa a família Areeaeeae foi a que apresentou maior densidade absoluta com 2.154 (46,5%) indivíduos, com E. oleraeeae (1.103), A. murumuru (615) e Astroearyum mumbaea Mart. (388). Entre as Dicotiledôneas, a família Mimosaeeae com 401 (8,7%) indivíduos, com P. maeroloba (242) e P. inaequale (69) e família Caesalpiniaeeae (288), com M paraensis (123). Para a dominância relativa, na várzea alta: Areeaeeae apresentou 31,0%, com E. oleraeea (16,9%) e A. murumuru (6,1 %); Leguminosas 34,7%, com M paraensis (11,2%), P. maeroloba (7,8%) e S. eardiosperma (2,0%). Na várzea baixa, Areeaeeae apresentou 25,9%, com E. oleraeea (17,5%) e A. murumuru (5,8%); Leguminosas 24,3%, com P. maeroloba (6,5%) e M paraensis (3,7%). As espécies com os maiores valores de importância foram: E. oleraeea, A. murumuru, P. maeroloba e C. guianensis. Os três locais mais próximos à foz foram os que apresentaram os mais baixos índices de diversidade de espécies: 2,32; 2,40 e 2,52. Os três mais distantes apresentaram os mais altos índices: 2,98; 3,41 e 3,14. A distribuição diamétrica das árvores apresentou a forma de "J" invertido, com as maiores concentrações dos fustes nas primeiras classes, diminuindo gradualmente nas outras classes. Na várzea alta os resultados para diâmetro médio, mediana, diâmetro mínimo, diâmetro máximo, desvio padrão, coeficiente de variação, assimetria e curtose foram: 12,77 em; 9,87 cm; 5,00 cm; 109,00 cm; 10,48 cm; 82,1 %; 3,16 e 13,78. Na várzea baixa os resultados foram, respectivamente: 11,82 cm; 8,91 cm; 5,00 cm; 116,00 cm; 9,78 cm; 82,8 %; 3,46 e 17,49. A diferença mais evidente entre a várzea alta e a várzea baixa foi expressa pela dominância relativa: Areeaeeae 33,9% e 25,2%, Leguminosas 32,0% e 24,9%, respectivamente.
Assuntos Comunidades vegetais
Florestas de várzeas Amapá
Estuários Amapá
Açaí