Dados do Acervo - Teses

Número de Chamada   
 
333.76098172    K14e    T   
Autor Principal Kalif, Kemel Amim Bittencourt
Entradas Secundárias - Autor Nepstad, Daniel C. , orientador
Universidade Federal do Pará . Núcleo de Altos Estudos Amazônicos . Curso de Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
Título Principal Ecologismo e produtivismo no espaço rural amazônico: enfoque em uma alternativa de gestão ambiental no Estado do Mato Grosso / Kemel Amim Bitencourt Kalif; orientador, Daniel Curtis Nepstad, co-orientadora, Oriana Almeida
Publicação 2007.
Descrição Física 203 f. : il. (color.) ; 30 cm
Notas Tese (doutorrado) - Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, 2007
Inclui bibliografias
Resumo: No mundo todo os desenvolvimentos da grande empresa agropecuária foram acompanhados dos surgimentos de movimentos ambientalistas e do acúmulo de conhecimento da ciência acológica. Nas décadas de 1960 e 1970, a Amazônia foi alvo de ambicioso plano para seu desenvolvimento calcado na atração da empresa agropecuária de grande capital através de incetivos fiscais, inserções e mecanismos estatais de favorecimento. Fatores como a especulação ou a incapacidade técnica da agropecuária da época levaram a falência de aproximandamente 80% dos empreendimentos agrícolas. Os problemas causados pela agropecuária da época militar têm sido o principal exemplo de que tal sistema deverá, novamente, proover elevados níveis de impactos ambientais e sociais sem benefícios regionais. De fato, a nova onda de estabelecimento da grande empresa agropecuária na Amazônia, especialmente produtora de soja e gado, iniciado na última década, elevou os níveis de desmatamento a taxas jamais experimentadas. As condições de solo, clima e a mala viária estabelecida, bem como índices de produtividade acima da média nacional, resultaram na grande expansão da soja no Mato Grosso-MT. O estado foi responsável por 87% do aumento da área plantada de soja no Brasil. A pecuária no estado também foi beneficiada pela infra-estrutura de escoamento da produção de soja, e pelo aquecimento da economia regional. estas atividades fizeram com que o MT se tornasse o responsável por 40% dos desmatamentos ocorridos em toda a Amazônia, de 2001 a 2004, e provavelmente 2005 e 2006. Cerca de 75% deste desmatamento é potencialmente ilegal e, devido a existência de uma relação positiva e significativa entre a área desmatada e o preço do dólar, variações no câmbio podem exceder taxas de desmatamento já observadas. No entando, novos padrôes de consumo juntamente com novas formas de interação entre a academia e o setor produtivo, podem representar mudanças na tendência de insustentabilidade dos empreendimentos rurais. Além disso foram alcançados grandes avanços da legislação brasileira, especialmente no entendimento de que o direito de propriedadeprivada é limitado a partir do ponto em que deve gerir bens comuns a toda sociedade ( recursos ambientais ). Iniciativas promissoras de regulação dos recursos vêm surgindo espontaneamente, a partir de arranjos locais, as quais são, em alguns casos, internalizadas pelo Governo federal. A contribuíção da ciência ecológica para o desenrolar deste processo, em grande parte, vem através de paradigmas teóricos que estão por traz de determinação dos limites aceitáveis da apropriação humana sobre a natureza. Os critérios, indicadores e parâmetros provenientes dos diferentes paradigmas são, mais ou menos susceptíveis a dado tipo de intervenção sobre a natureza; têm levantamento mais ou menos prático e ; considerando sistemas de monitoramento que deverão ser validados e/ou legitimados pela sociedade, podem ter valor de uso mais ou menos aceitos ( parâmetros que tenham sentido para a sociedade ). Dados estes problemas, a matriz teórica da ciência ecológica foi confrontada e elencou-se, a partir de três critérios, quais parâmetros poderiam compor uma lista para o levantamento do "desenpenho ambiental" das propriedades rurais no MT. Obteve-se os seguintes parâmetros: 1) qualidade da água; 2) Presença/ausência e tamanho da mata ciliar ( áreas de preservação permanente - APPs ); 3) Conectividade da paisagem; 4) Presença/ausência e tamanho de áreas florestadas ( Áreas de Reserva Legal - ARLs ); 5) Erosão do solo; 6) Inflamabilidade da paisagem. O desenpenho ambiental composto destes parâmetros foi amostrado em 14 estudos de caso de empresa agropecuária, entre lavoura de soja e pecuária, e indicaram um baixo desenpenho ambiental dos empreendimentos no estado do MT, onde 100% das propriedades amostradas apresentaram problemas em ARLs e APPs. Partindo-se desta problemática, buscou-se conhecer a viabilidade econômica de uma amostra de propriedades em cumprir com as determinações do código Florestal Brasileiro. resultados de simulações de recuperação e/ou compensação de ARLs e recuperação de APPs, avaliados em valor Presente Líquido considerando um fluxo de caixa de 30 anos, a juros de 6% ao ano, indicaram que não há motivos de ordem econômica que impeçam as empresas do universo amostrado, de arcarem com os custos da legalidade, utilizando apenas de aouto-financiamento. A compensação florestal foi a alternativa mais atrativa de investimento na resolução dos passivos ambientais de ARL na maioria das propriedades avaliadas, não havendo padrão entre propriedades com soja e/ou pecuária.
Assuntos Recursos naturais - Conservação Legislação Mato Grosso
Agropecuária Mato Grosso
Desenvolvimento econômico - Aspectos ambientais Mato Grosso
Recursos agrícolas - Conservação Mato Grosso
Desenvolvimento sustentável Mato Grosso